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sábado, 10 de novembro de 2007
domingo, 4 de novembro de 2007
TV digital começa por SP no final de 2007

HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo
A TV digital deverá começar a funcionar no final do ano que vem no Brasil. Segundo cronograma divulgado ontem pelo Ministério das Comunicações, as transmissões começam pela região metropolitana de São Paulo, em dezembro de 2007.
As demais capitais começam as transmissões em dezembro de 2009, e todos os outros municípios, em dezembro de 2013. Inicialmente, as emissoras continuarão usando também o sistema analógico, que só será desligado no final de junho de 2016, sempre segundo o cronograma apresentado ontem.
O ministro Hélio Costa (Comunicações) ressalvou que o cronograma é "conservador" e que a implantação pode até ocorrer antes do previsto.
No final de junho deste ano, o governo anunciou oficialmente a escolha do padrão japonês (ISDB) para as transmissões de TV digital, dizendo que ele teria se mostrado tecnicamente mais "robusto" para transmissões para receptores móveis. O padrão era o preferido das emissoras de TV, porque, em tese, torna mais difícil a entrada das empresas de telefonia no mercado televisivo.
O padrão japonês disputou com os padrões europeu (DVB) e americano (ATSC). De acordo com o governo brasileiro, o Japão teria se comprometido a estudar a viabilidade da instalação no Brasil de uma fábrica de semicondutores e estaria comprometido com a possibilidade de transferência de tecnologia.
Ontem, o ministro Hélio Costa (Comunicações), ao anunciar o cronograma, disse que o governo federal enviará correspondência ao Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária, órgão que representa os governos estaduais) em que pedirá a redução da alíquota de ICMS (que varia aproximadamente de 10% a 15%) para a importação de equipamentos sem similar nacional que serão usados no processo de digitalização das redes das emissoras.
Segundo Costa, o custo de digitalizar as transmissões de uma emissora é de, aproximadamente, US$ 1,6 milhão. A principal diferença entre a TV digital e a analógica --além da maior definição da imagem e do som-- é a capacidade de interação com o telespectador. A interatividade deve transformar o ensino à distância e o comércio de produtos pela TV.
Para ter acesso às transmissões digitais, o telespectador tem duas opções: comprar uma TV nova, que já receba o sinal digital, ou comprar um conversor, que o governo estima que custará aproximadamente R$ 100,00.
Até o final de junho de 2016, o telespectador que não comprar pelo menos um conversor continuará a ter acesso à programação analógica. Quando o sistema analógico for desligado, para assistir à televisão, será preciso comprar pelo menos o conversor.
Hélio Costa avaliou que a mudança terá menor impacto no bolso do telespectador do que a mudança de preto-e-branco para cores, no início dos anos 1970. "O aparelho em cores custava cinco vezes mais que o preto-e-branco", disse o ministro.
Canais públicos
Com a implantação do padrão digital, afirmou o ministro, haverá mais espaço nas faixas de freqüência. Parte desse espaço será para mais canais públicos de televisão, que teriam redes nacionais de TV digital. "Vamos usar esses canais para iniciar um procedimento de redes públicas de televisão", disse Costa.
Costa citou como exemplos de redes nacionais digitais os seguintes canais: Radiobrás, Ministério da Educação, Ministério da Cultura, Câmara dos Deputados e Senado.
Além desses canais federais, cada município teria um "canal da cidadania", um canal público digital municipal. O ministro disse que serão, ao todo, dez canais públicos, dos quais quatro novos.
Fonte: Folha online
A FALÊNCIA DO IMPÉRIO GLOBO II (BNDES)

por Roméro da Costa Machado, escritor.
A astronômica dívida da Globo, segundo relatório da Price Waterhouse Coopers - Auditores Independentes, assinado por William J.N. Graham, no início de 2002 era de TRÊS BILHÕES, QUINHENTOS E OITENTA E TRÊS MILHÕES DE DÓLARES. Ou seja, mais de DEZ BILHÕES de reais. Onde as três maiores empresas devedoras são: Globopar, Globo Cabo, Net Sat, que representam cerca de 90% da dívida e onde aparece com destaque até a irresponsável e perdulária Editora Globo, de crônico e sistemático prejuízo, com cerca de 3% do total da dívida.
A única empresa da Rede Globo que, com muita dificuldade, poderia fazer frente a esta fabulosa dívida, e que é lucrativa de verdade, é a TV Globo. Entretanto, nem a TV Globo, com seus seiscentos milhões de dólares anuais, pouco ou nada poderia fazer para salvar o Império Globo da falência. Pois se dos seiscentos milhões de dólares a TV Globo reservar 120 milhões por ano, cerca de 20% (vinte por cento), para amortizar principal e juros, levaria mais de trinta anos para amortizar a fantástica dívida que sufoca e mata a Globo aos poucos.
Vale repetir, com recursos próprios é inimaginável a Globo saldar tão astronômica dívida. Só o governo, através do BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco Central, fundos orçamentários e demais verbas públicas é que podem salvar a Globo da irremediável falência.
Mas como a Globo chegou a este ponto? A Globo não é competente?
Arrogância, burrice, arrogância, burrice, arrogância e administração ruinosa e irresponsável. Estes foram os fatores que levaram a Globo ao estado à beira da falência.
Gênios incompetentes de plantão, cujo único predicado é a arrogância, imaginaram um golpe "formidável" de dominar o Brasil inteiro pelo sistema de transmissão a cabo, sufocando e solapando, assim, os demais meios de comunicação do país.
Eu ri muito quando soube dos megalomaníacos planos da Globo, e disse que a Globo iria trabalhar com tecnologia ultrapassada (cabo) e que iria ficar com o cabo (?) preso no poste ao tentar cabear o Brasil inteiro nesta loucura que só um gênio incompetente, arrogante e irresponsável poderia imaginar.
Não deu outra. Foi o maior fracasso da história da televisão no mundo. Até mesmo Bill Gates, que num primeiro momento cogitou participar do empreendimento faraônico, quando viu a loucura que a Globo estava se metendo estacionou em 3% a sua participação e deixou a Globo se esborrachar sozinha neste delírio de faraó tupiniquim.
Encalacrada com uma fabulosa e irresponsável dívida para viabilizar o delírio do domínio do país e dos meios de comunicações pela tv a cabo, a Globo, correndo desesperadamente atrás de dinheiro, viu no BNDES a saída mais rápida e viável para a sua aflição. Mas como sempre com artifícios e ilegalidades, a começar pelo fato do BNDES não poder se relacionar com a Globo Cabo pois a legislação não permite associação do BNDES com empresa de telecomunicação. Mas ardilosamente, fraudulentamente, a Globo Cabo está registrada como empresa de tecnologia e não como empresa de telecomunicação, que de fato é.
Choveram denúncias e mais denúncias contra a participação do BNDES na operação para salvar a Globo da falência, e em meio a uma seara desordenada de denúncias e oposições à questão BNDES, o jornalista Hélio Fernandes, em 14/03/2002, na Tribuna de Imprensa foi categórico: "Deveriam ouvir Roméro Machado, que publicou o imperdível "Afundação Roberto Marinho". Ali está contada de forma irrespondível, a força que a Organização sempre teve na Justiça". E, de fato, numa seqüência de denúncias sérias e fundamentadas foi colocado nos meios de comunicação a impossibilidade e a ilegalidade da associação Globo / BNDES. E com isso a operação salvação da Globo foi parcialmente abortada. Mas é bom manter os olhos permanentemente abertos, pois a Globo continua com uma dívida impagável e o governo (federal, principalmente) vive sempre debaixo de muitos escândalos. E numa dessas a Globo faz o que sempre fez... negocia favores de salvação do PT em troca de sua própria salvação.
Fonte: Fazendo media